OS TEMPOS E OS MARES

Em folhas sintéticas verde turquesa, onduladas, não transparentes e ordenadas em sobreposição, Os Tempos e os Mares marcam a transição para uma fase auto reflexiva e concludente da expressão artística de Elizabeth. O aspecto da temporalidade, dos momentos na infinitude, recebe uma ênfase marcante. A obra se compõe de camadas gentilmente onduladas, que como um todo encontram-se próximas de formar uma gota. Pêndulos dourados, cada um em seu próprio compasso, estão fixados nessas ondas. A gota em queda permite antever a infinitude da água mediante sua densidade. Os pêndulos tornam, através de seus compassos, (tornar) sensível a irresistibilidade do mundo – enquanto tempo totalmente pessoal e humano. Nessa obra, o instante na eternidade e o momento na infinitude parecem dar o tom e fazer perceptível a temporalidade na vida.

Marie Christiane Seiferth
Pesquisadora/Filosofia-Teologia

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